Marinheiro

Marinheiro que já andou por águas de todo o mundo, que já conheceu gente de toda cultura, já viu beleza de muitas criaturas.

Marinheiro assim, não precisa de mais na vida, já viajou tanto conheceu tanto... Mas ó Marinheiro explica-me lá como não podes dizê-la que a amas?

Essa boca que guarda segredos de experiências, não consegue dizer um simples "Eu te amo!"?

A verdade é que o amor não é gíria para falar para toda gente e, por ela, poderia usar a língua mais bem cuidada que ainda assim quase ofenderia a sua delicadeza!

Mesmo não dizendo nada, perto dela é impossível disfarçar este amor, aliás o amor é como a tosse, ninguém consegue disfarçá-la, nem uma pequena tosse, nem um pequeno amor! Queria que ela pudesse sair de si mesma e vê-la como eu a vejo, e saber o quão bom é tê-la por perto. E ela entenderia que embora estes olhos estivessem enfeitiçados por muitos anos pelo azul do mar, a musicalidade do seu corpo quebrou o feitiço!