sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Conheci o amor da minha vida

Encontrei o amor da minha vida ao olhar para o espelho do meu quarto.

Observei cada detalhe e perguntei a mim mesma porque ninguém gosta de mim, inclusive eu. Olhei uma vez mais e descobri algo encantador: o amor próprio. Agora entendo porque não deu certo com outras pessoas antes, o destino reservou-me para mim mesma.

Encontrei a mim mesma - o amor próprio! 

Então, me cuidei, me amei e principalmente construí a minha felicidade; descobri que eu só poderia ser feliz com os outros se eu fosse feliz comigo mesma. Deixei de procurar partes de mim noutras pessoas, reencontrando-me por inteiro.

Sou minha e orgulho-me deste corpo que traduz a beleza da minha alma. Aprecio-me! Sou a minha própria musa e a minha obra-prima; eu deixo ser interpretada, inspirada, e criticada como as outras artes...

Se vens para me conhecer, podes aproximar, mas não tente estragar a minha relação; assim como acontece com outros casais. Porque meu bem estou enamorada por mim mesma e isso me faz tão bem!

Overdose de amor, escondi na poesia a dor

A sua maior alegria no seu dia-a-dia era ver a poesia em tudo o que "ela" lia...


Apesar do sofrimento e das decepções que a tornaram aparentemente fria...


Apesar de não sentir aquela angústia que todos os outros sentiam (esse tal do amor)! Os seus sentimentos dormiam apesar de toda a poesia...


Dormir! A doce mentira de lidar com os problemas que a atormentavam. Sentimentos sonolentos, dormindo!
Assim como as pessoas os sentimentos dormiam.


Sim, sentimentos não são emoções, sentimentos são constituintes do corpo humano, sentimentos são ossos, vitaminas, sangue... no corpo de quem ama! Sentimentos são água, alimento, remédio, o veneno, no corpo e na alma de uma pessoa...


E então "ela" que se tornara tão fria e já não mais "sentia", seria uma espécie de morto-vivo?
Não, "ela" apenas estava em entorpecida de tantos sentimentos "tomados", de tantos sentimentos "injectados", por motivos errados.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Posso fazer-te um pedido?


Nos finais de tarde, quando estiveres só, de preferência junto a um lindo pôr-do-sol, lembra-te de mim.

Lembra-te da nossa história de amor, das tuas tentativas de conquista, lembre do nosso primeiro beijo. Sei que foi há muito tempo, mas lembre então daqueles mais calorosos acompanhados de borboletas no estômago… Na verdade todos os nossos beijos foram apaixonados como se fossem o primeiro!

Lembra-te dos nossos passeios sem rumo em que fomos companheiros, amigos, amantes e acima de tudo fomos a metade que faltava um no outro. 

Mesmo que beijasses outras, a minha boca era tua predilecta; dizias que meu beijo era um poema indecifrável que lias e relias. Mas não agradava-me ser uma opção, mesmo que eu estivesse em primeiro lugar, eu só queria ser a única…

Quero que te lembres dos mil “Eu te amo” ditos num dia, sem repararmos quantas vezes repetíamos isso e, mesmo assim, pareciam insuficientes! E as promessas de quantos filhos íamos ter! Eram para ser gémeos, lembras? Achavas a coisa mais linda do mundo, depois de um dia cansativo chegar à casa e ter um deles a me abraçar e o outro agarrado a ti.

Lembra-te dos dias de amor, de muito amor, não importava a hora ou dia, qualquer momento era especial e perfeito para estarmos juntos na cama, num beco, num jardim, na praia…

O importante era o amor, e quão grande foi esse amor!
Peço que te lembres de mim nos finais da tarde porque não sei mais de ti, e nem sei se tens outras horas vagas para recordar do teu amor por mim!

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Menina de poesia

Menina de poesia, que calafrio ela me trazia.
Negra de olhos escuros. Quando a contemplava sentia-me como se eu estivesse dentro de uma caverna escura, quanto mais a apreciava parecia que a certo ponto eu chegava nas paredes onde eram inscritos trechos sobre amor, vivências, dor, experiências...

Eram escritos com branco para transparecer na escuridão, na verdade era o sorriso dela.
Quando ela abria a boca para falar era como uma rádio que tocava músicas antigas, em que logo a primeira pedimos para trocar o canal, mas se prestarmos atenção na música já queremos ouvir o álbum.

Seus olhos eram a janela da perdição, com um olhar dominava tudo o que vinha na sua direcção. Sua face era o desenho mais bem feito por Deus, cada sinal em seu rosto era como o ponto final de um verso de poesia.

O seu corpo, ah aquele violino ambulante!... Adorava apreciá-lo para aprender mesmo que fosse de longe, como afinar e tocar a mais bela melodia. O seu jeito extravagante, dona de si, que além de chamar atenção naturalmente, ela ainda tinha o espírito extrovertido, que provocava olhares gulosos e atenciosos sob sua alma sensual, onde quer que chegasse!

Com todas essas qualidades, era engraçado que ela quando ficava entre quatro paredes sozinha ou com suas melhores companheiras, confessava que sentia-se insegura consigo mesma, com a sua maneira de ser, com seu corpo... 

Menina tu és poesia, és o sonho de qualquer homem bem resolvido na vida, e não te deixes influenciar por medo de sentir poema a mais à quem não sabe ler!