Quero esperar os anos que forem necessários para sofrer e saber o quanto te amei, para ter a certeza do estrago que a tua ausência faz. Morrer de ciúmes e desejar, todos os dias da minha vida, não ter-te deixado ir embora, não ter voltado as costas…
Mas não foi culpa minha, sério!
Não foi culpa minha não estar disposta para amar, para me entregar e depender de ti.
Hoje dói, amanhã doerá menos e depois de amanhã ainda menos.
E quando a dor passar, saberei que não te esqueci e que não deixei de te amar,
apenas cresci, amadureci e então virá à tona todo o amor que reservei para ti.
Estarei aqui à tua espera como tu estiveste das outras vezes para estarmos juntos, mas dessa vez para sempre!
Quando este dia chegar seremos tu e eu, e não tu e meio-eu.
Desta vez serei inteiramente tua.
Aproveitarei os finais de semana contigo para fazer algum drama, sair por aí de mãos dadas depois de uma discussão em que me deixaste sozinha a falar…
Num feriado qualquer, no pico de uma montanha, sentados lado a lado, vendo o sol vestir-se de lua, gritar bem alto para o mundo dizendo que estamos de volta…
E no falecer do dia, encontrar-te no sofá e deitar-me nos teus braços, aconchegarmos no espacinho, sentir o teu coração bater e dizer-te com uma voz sonolenta: «Estou finalmente em casa!»